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Se eu tivesse que recomendar algum episódio da série documental da Netflix \"Street Food\" eu recomendaria o episódio que fala sobre a comida de rua brasileira. É claro que assistir sobre as culturas gastronômicas dos outros países é interessantíssimo, mas refletir sobre a sua própria e entender como você está impregnado nela é muito desafiador!

O episódio sobre o Brasil se passa na cidade de Salvador e ele conta, dentre outras coisas, a trajetória das baianas do acarajé e também a história da Dona Suzana, que cozinha a mais famosa moqueca da região. Primeiramente o que se chama atenção é a força criadora dessas mulheres, que precisam superar diariamente os desafios da vida e mostram como a cozinha, em última instância, é seu refúgio e também seu ato de resistência.

O interessante de ser brasileira e assistir uma série dessa sobre seu próprio país é perceber o quanto essas narrativas contam, na realidade, a história de todos nós.

Eu nunca fui para Salvador, mas a história da dona Suzana poderia ser a da minha mãe ou a da minha avó.

Eu não me lembro qual foi a última vez que comi um acarajé, mas como feijão todos os dias.

Eu não sou devota de Iemanjá, mas sempre que passei ano novo na praia pulei 7 ondinhas.

Eu nunca sofri um golpe, mas sei o que é a luta diária de uma mulher por seu espaço público e privado.

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O interessante de ser brasileira e assistir uma série dessa sobre seu próprio país é perceber o quanto essas narrativas contam, na realidade, a história de todos nós.

Eu nunca fui para Salvador, mas a história da dona Suzana poderia ser a da minha mãe ou a da minha avó.

Eu não me lembro qual foi a última vez que comi um acarajé, mas como feijão todos os dias.

Eu não sou devota de Iemanjá, mas sempre que passei ano novo na praia pulei 7 ondinhas.

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A narrativa de um povo contada pela comida de rua

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