{"status":200,"response":{"result":"PUBLIC_ARTICLES_RETRIEVED","data":{"count":1,"content":[{"id":"5fac3405b302925394c6b0fb","updated":"2020-11-11T19:08:55.637Z","created":"2020-11-11T18:57:09.767Z","statuses":{"approval_status":"approved","publish_status":"published","visibility_status":"public","has_pending_changes":false,"is_pinned":false,"is_paywall_disabled":false,"scheduled_date":null,"rejection_reason":null},"metadata":{"location":"home","location_slug":"blog","content_type":"post","publish_date":"2020-11-11T19:08:55.856Z","likes_count":1,"bookmarks_count":0,"comments_count":0,"score":"2020-11-11T20:08:55.856Z","sharing_title":"Que o estranho sempre esteja presente","sharing_description":null,"sharing_image":"https://5f1ae31a2b397e299b74e383.redesign.static-01.com/f/images/5b2fa1c17d3f5a298871d1d960bb5f9d2098ecae.jpg","tag_ids":["5f3aeee276828206b5850e2a","5f8ce35381b1363685a631c0","5fac3405b302925394c6b0f8","5fac3405b302925394c6b0f9","5fac3405b302925394c6b0fa"],"author_user_id":"5f7f8c9355a88b25bde3bb2f","moderator_user_id":"5f8ddcae6452e87432b42d25","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383","course_id":null,"course_module_id":null,"group_id":null,"version":1,"tags":[{"id":"5f3aeee276828206b5850e2a","title":"cultura","slug":"cultura","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"},{"id":"5f8ce35381b1363685a631c0","title":"estranhamento","slug":"estranhamento","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"},{"id":"5fac3405b302925394c6b0f8","title":"VIAGEM","slug":"viagem","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"},{"id":"5fac3405b302925394c6b0f9","title":"IRA","slug":"ira","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"},{"id":"5fac3405b302925394c6b0fa","title":"ISLAMISMO","slug":"islamismo","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"}]},"content":{"title":"Que o estranho sempre esteja presente","slug":"que-o-estranho-sempre-esteja-presente","cover_image":"https://5f1ae31a2b397e299b74e383.redesign.static-01.com/l/images/5b2fa1c17d3f5a298871d1d960bb5f9d2098ecae.jpg","headline":"Viajar sempre nos tira da zona do conforto. Seja por não conhecer tão bem o local, apostar em um restaurante desconhecido, seja por se tratar de uma cultura muito diferente da nossa,","main_content":"

Viajar sempre nos tira da zona do conforto. Seja por não conhecer tão bem o local, apostar em um restaurante desconhecido, seja por se tratar de uma cultura muito diferente da nossa, com ritos, comportamentos, posturas e atitudes que nos desafiam.

Quando essa viagem é para um país como o Irã, com uma história, cultura, hábitos tão estranhos - em relação ao meu contexto de vida - essa saída da zona de conforto se assemelha a um coice. Desde à chegada ao aeroporto em um sábado à noite, onde somente trabalhavam homens, que falavam persa e riam entre si quando solicitado um suporte, até o simples ato de atravessar a rua exige um olhar sensível.

A preparação para essa viagem a trabalho iniciou bem antes, afinal, precisamos entender previamente alguns códigos para saber como nos portar em reuniões e em outras situações. A escolha de roupas para levar, aspectos relacionados à religião, à gastronomia... Mais do que evitar cometer gafes, também demonstramos respeito com o local e as pessoas que estariam nos recebendo. Ainda mais por sermos duas mulheres.

Uma dúvida (e preconceito) que eu tinha em relação à forma de tratamento da mulher, era o fato de elas andarem atrás dos homens. Eis que recebi a explicação: historicamente, por ser uma região de muitas guerras, havia (e ainda há!) muitas minas terrestres. O homem andar à frente é uma forma de proteção à mulher. Toma!

Destaco, em itens, algumas lembranças de aspectos de estranhamento, sutil ou extremo:

Uso de lenço para tapar o cabelo ainda no avião;
Escolhas de roupas para levar, que deveriam “tapar a bunda” e não expor os braços;
Sexta e sábado são os dias de descanso;
Trânsito caótico;
Excesso de buzina, que não é considerado xingamento, mas forma de informação (!);
Carros param de forma aleatória eventualmente, na via, sem estacionar;
Ônibus exclusivos para mulheres;
Carros com muitas batidas (nem poderia ser diferente);
Lojas para a compra de roupas íntimas é escondida (sim, nossas malas foram extraviadas e precisamos comprar alguns itens de sobrevivência);
O estilo da roupa íntima;
O respeito à religião, não utilizando como forma de turismo (relutaram e acabaram não nos levando à mesquita);
Alcorão e tapete em todos os quartos de hotel, já com a sinalização de onde é Meca (as orações diárias devem ser feitas em horários determinados, e as pessoas devem se ajoelhar voltadas à direção de Meca);
Cenoura e pepino são comidos como frutas, no meio de reuniões.

Se eu iria de novo?!? Sem dúvida! Um lugar lindo, pessoas educadas e um mergulho na história!

Viagens são ótimos investimentos de educação, pois nos exigem sensibilidade, estudo, abertura, curiosidade e humildade.

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Destaco, em itens, algumas lembranças de aspectos de estranhamento, sutil ou extremo:

Uso de lenço para tapar o cabelo ainda no avião;
Escolhas de roupas para levar, que deveriam “tapar a bunda” e não expor os braços;
Sexta e sábado são os dias de descanso;
Trânsito caótico;
Excesso de buzina, que não é considerado xingamento, mas forma de informação (!);
Carros param de forma aleatória eventualmente, na via, sem estacionar;
Ônibus exclusivos para mulheres;
Carros com muitas batidas (nem poderia ser diferente);
Lojas para a compra de roupas íntimas é escondida (sim, nossas malas foram extraviadas e precisamos comprar alguns itens de sobrevivência);
O estilo da roupa íntima;
O respeito à religião, não utilizando como forma de turismo (relutaram e acabaram não nos levando à mesquita);
Alcorão e tapete em todos os quartos de hotel, já com a sinalização de onde é Meca (as orações diárias devem ser feitas em horários determinados, e as pessoas devem se ajoelhar voltadas à direção de Meca);
Cenoura e pepino são comidos como frutas, no meio de reuniões.

Se eu iria de novo?!? Sem dúvida! Um lugar lindo, pessoas educadas e um mergulho na história!

Viagens são ótimos investimentos de educação, pois nos exigem sensibilidade, estudo, abertura, curiosidade e humildade.

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