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No Rio Grande do Sul, um dos principais hábitos locais é tomar chimarrão. Existe toda uma cultura gaúcha tradicionalista, que inclui música, vestimentas, danças e até expressões regionais que formam quase um dialeto, mas essas podem ser encontradas mais especificamente em cidades interioranas, principalmente as do sul do estado ou próximas da fronteira com Uruguai.

Agora, o chimarrão, esse sim está em todos os lugares. Seja na casa do campeiro isolado no mato ou no edifício mais moderno de Porto Alegre, ele está presente.

Então, visto que o gaúcho utiliza água quente para preparar o seu \"mate\" - como também é chamado - a chaleira elétrica deve ter sido um estouro no RS quando lançada, certo?

Errado. A chaleira elétrica comete um erro inaceitável para o preparo correto do chimarrão: ela ferve a água, pois não é possível ouvir o \"chiado\", ponto exato em que a água inicia as primeiras borbulhas e a chaleira no fogão faz um barulho que o riograndese reconhece desde criança, como se fosse um assobio.

O problema foi logo percebido pelos fabricantes, que logo começaram a produzir a chaleira com \"função chimarrão\", que aquece apenas até a temperatura perfeitura para ser consumida com erva mate. Agora sim! Mas ainda falta conquistar os mais apegados que consideram que a água aquecida eletricamente tem \"gosto de chuveiro\".

Outras marcas também se deparam com a forte cultura do chimarrão e tentam se inserir com produtos especiais por aqui. O polêmico copo Stanley resolveu se aventurar por aqui criando cuias (o recipiente onde se serve o chimarrão, originalmente feito de porongo, que é dado em árvore) que mantém o líquido quente por mais tempo. Mas a cuia Stanley é um produto para o qual talvez o gaúcho ainda não esteja preparado.

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Então, visto que o gaúcho utiliza água quente para preparar o seu \"mate\" - como também é chamado - a chaleira elétrica deve ter sido um estouro no RS quando lançada, certo?

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A chaleira elétrica do gaúcho

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