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A capacidade do homem de estranhar já é conhecida e usual e a capacidade de reconhecer o que é familiar será que também é? Entender que nem tudo que nos é familiar é conhecido, demonstra nossa capacidade de entender que exercitar a capacidade de estranhar e voltar ao estado inicial é um dos movimentos mais importantes no desenvolvimento de uma visão antropológica.

Colocar o familiar sob suspeita, questionar o que parece óbvio, recuperar a nossa capacidade crítica são exercícios necessários e nada fáceis de serem exercitados.

O filme Edifício Master apresenta diferentes narrativas que podem parecer familiares e ao mesmo tempo estranhas. Moradores que optaram, por diversas razões, morar em um apartamento conjugado em um dos edifícios mais polêmicos e populosos de Copacabana.

As questões sociais se destacam na narrativa, um confronto entre realidade que parece ficção de tão estranha que nos parece.

O que é estranho? O que é familiar? O que é real? O que é encenação?

Dizem que a vida imita a arte e vice-versa, onde você encontra a moradora Maria do Céu que se diverte com a “zona familiar” do edifício ou com a garota de programa que trata a mentira como algo que faz parte da vida e “que para mentir, tem que acreditar”.

O que o filme nos ensina é que a realidade “velha conhecida” pode sim causar certa estranheza e fica bem claro para todos que assistem que as histórias que podem ser comoventes ou engraças retratam as dores que o ser humano tem que lidar, aceitar, reconhecer e não estranhar.

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Colocar o familiar sob suspeita, questionar o que parece óbvio, recuperar a nossa capacidade crítica são exercícios necessários e nada fáceis de serem exercitados.

As questões sociais se destacam na narrativa, um confronto entre realidade que parece ficção de tão estranha que nos parece.

O que é estranho? O que é familiar? O que é real? O que é encenação?

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