{"status":200,"response":{"result":"PUBLIC_ARTICLES_RETRIEVED","data":{"count":1,"content":[{"id":"60046b1f9a492c18200617a3","updated":"2021-01-18T15:11:26.235Z","created":"2021-01-17T16:51:43.269Z","statuses":{"approval_status":"approved","publish_status":"published","visibility_status":"public","has_pending_changes":false,"is_pinned":false,"is_paywall_disabled":false,"scheduled_date":null,"rejection_reason":null},"metadata":{"location":"home","location_slug":"blog","content_type":"post","publish_date":"2021-01-18T15:11:26.389Z","likes_count":0,"bookmarks_count":0,"comments_count":0,"score":"2021-01-18T15:11:26.389Z","sharing_title":"Quem é você na entrevista de emprego?","sharing_description":"Em todo processo seletivo, precisamos abrir mão de algo individual para se encaixar em um contexto externo. E como fica a subjetividade nessa interação?","sharing_image":"https://5f1ae31a2b397e299b74e383.redesign.static-01.com/f/images/6067ac7a209da6cdb88b52c82297d724d09e0525.jpg","tag_ids":["5ffa6eb22d1d6139ae881b98","60046b1f9a492c18200617a1","60046b1f9a492c18200617a2"],"author_user_id":"5f7b1f1bdee03102d2c0ad3a","moderator_user_id":"5f8ddcae6452e87432b42d25","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383","course_id":null,"course_module_id":null,"group_id":null,"version":1,"tags":[{"id":"5ffa6eb22d1d6139ae881b98","title":"dualismo","slug":"dualismo","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"},{"id":"60046b1f9a492c18200617a1","title":"entrevista de emprego","slug":"entrevista-de-emprego","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"},{"id":"60046b1f9a492c18200617a2","title":"mercado de trabalho","slug":"mercado-de-trabalho","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"}]},"content":{"title":"Quem é você na entrevista de emprego?","slug":"quem-e-voce-na-entrevista-de-emprego","cover_image":"https://5f1ae31a2b397e299b74e383.redesign.static-01.com/l/images/6067ac7a209da6cdb88b52c82297d724d09e0525.jpg","headline":"É raro não estar em busca de um emprego. Em um contexto de precarização e pouca oferta de trabalho, muita gente sonha com a “recolocação profissional”, um eufemismo para o","main_content":"

É raro não estar em busca de um emprego. Em um contexto de precarização e pouca oferta de trabalho, muita gente sonha com a “recolocação profissional”, um eufemismo para o processo pouco glamouroso de voltar a ser parte da população economicamente ativa. Mas mesmo quem tem carteira assinada não deixa de estar de olho na grama do vizinho.

As vagas passam o tempo todo pelo feed do LinkedIn, são enviadas por e-mail e aparecem até mesmo em anúncios no Instagram. Ou seja, não precisa nem mesmo fazer uma busca ativa. E a frustração profissional, ainda que não seja uma exclusividade de quem nasceu depois dos anos 1980, é uma realidade ainda mais frequente e intensa. Afinal, fomos ensinados a olhar mais pro propósito do que pro contracheque.

Eu trabalho em um mercado no qual as pessoas geralmente trocam de emprego pelo menos uma vez a cada 2 anos. Consigo contar nos dedos os colegas que ficam felizes de fazer um aniversário de empresa, se é que chegam a completar os 12 meses. Ao longo dos últimos anos, passei por diversos processos seletivos.

Talvez por ter me tornado esse híbrido entre marca e pessoa, esteja repensando constantemente qual co-branding é mais vantajoso pra mim. Ou então, simplesmente busco um lugar que responda melhor aos meus anseios existenciais, mas sem deixar de lado a saúde da minha conta bancária.

Na sala de espera

Foto: Edward Jenner/Pexels

Você provavelmente já se encontrou sentado em meio a diversos candidatos antes de um processo seletivo. Se isso aconteceu no último ano, talvez tenha sido dentro da sua própria casa, olhando para o relógio do seu dispositivo enquanto espera o início de uma videoconferência.

Momentos como esse são um terreno fértil para questionamentos como “O que é que estou fazendo aqui?”. Se for aquela vaga com tudo pra dar certo, talvez até surjam alguns devaneios sobre como essa mudança de emprego será na verdade uma mudança de vida. Que se você passar, vai poder reformar a sua casa, começar a praticar exercício e ter mais tempo pra si mesmo.

Nessas ocasiões, repasso algumas das perguntas mais frequentes de entrevistadores. Antes mesmo do primeiro contato, já criei um roteiro na minha cabeça de tudo o que vai acontecer. As respostas imaginárias a esse questionário hipotético sempre envolvem um cabo de guerra interno entre o pessoal e o coletivo.

Não me entenda mal, mas todo trabalho envolve abrir mão de horas suas para atender os interesses de algum ente corporativo. Afinal, até mesmo o emprego dos sonhos possui aspectos que não são lá tão aspiracionais assim. O momento da seleção é quando essa tensão está à flor da pele, porque você precisa se apresentar de uma forma convincente o bastante para escolherem você entre dezenas, talvez até centenas de candidatos.

Perguntas e respostas

A forma como você vai contar a sua história define tudo. Seja em um vídeo de um minuto (acredite, etapas assim têm sido cada vez mais comuns) ou uma conversa de uma hora, é preciso ordenar esse conjunto de acontecimentos que chamamos de carreira de uma forma coerente.

Os gurus sempre vão te oferecer diversas listas do que falar ou não nesse contexto. Mudanças profissionais precisam fazer sentido e ficar afastadas do poder do acaso ou de sentimentalidades. Frustrações não podem ser só fracassos e devem ser enquadradas como aprendizados.

É uma narrativa objetiva e linear. Afinal, falar que você está saindo do seu emprego por que não se dá bem com seu chefe não parece lá muito atrativo, né? É muito individual e subjetivo. Mas experimente criticar processos ineficientes ou analisar como mudanças organizacionais prejudicaram o seu fit cultural. Talvez, seja só uma questão de acionar o vocabulário certo, no fim das contas.

Porém, nem tudo é feito de racionalidade. Se não, você pode acabar parecendo robótico ou vão dizer que não tem “brilho nos olhos”. Ou melhor, vai parecer que você não é apaixonado por vender a sua mão de obra para aquele tipo de serviço.

Provavelmente, também vão te perguntar sobre “quem você é fora do trabalho”, como seus hobbies e interesses. Até mesmo isso precisa servir de alguma forma ao perfil da vaga.

Legenda: Os testes de personalidade e raciocínio lógico são uma das formas de tentar metrificar a subjetividade e deixá-la objetiva em processos seletivos. Foto: Alex Green/Pexels.

Foi aprovado ou não?

Ainda que empresas queiram deixar seus processos seletivos mais “leves e humanos”, é impossível apagar o caráter competitivo dessas situações. No final do dia, alguém vai levar a medalha e os outros ficarão de fora do pódio. Não há discurso sobre valorização de trajetórias individuais capaz de anular essa frustração.

Talvez por já ter enviado centenas de currículos e participado de dezenas de entrevistas, passei a ver tudo isso com certo cinismo. Ou então, criei uma casca grossa necessária para correr atrás de um emprego dos sonhos.

Com a repetição, as seleções parecem cada vez mais processuais. Eu, como candidato, passo a pensar em diversas maneiras de otimizar cada etapa. Isso vai desde deixar meu currículo mais atrativo, até entender como posso expressar meus desejos dentro dessa gramática corporativa.

No fim das contas, é muito pouco sobre passar ou não. Até porque, provavelmente as aprovações serão poucas frente às numerosas candidaturas frustradas. O que vale mesmo é aprender a equilibrar essa balança entre ambições profissionais e pessoais, individuais e corporativas.

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Na sala de espera

Foto: Edward Jenner/Pexels

Perguntas e respostas

Provavelmente, também vão te perguntar sobre “quem você é fora do trabalho”, como seus hobbies e interesses. Até mesmo isso precisa servir de alguma forma ao perfil da vaga.

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Foi aprovado ou não?

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