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As pessoas se emocionam com animações porque elas têm a capacidade de penetrar em diversas culturas ao mesmo tempo que fala de uma. Elas são capazes de tornar qualquer aprendizagem mais didática e determinado comportamento melhor absorvido. Um dos estúdios que fazem isso com maestria são os Estúdios Disney e o Universal de diferentes formas e recursos.

Os desenhos em sua maioria são americanos, mas quando lançados ao público, eles assumem um caráter local ainda que não tenha sido, inicialmente, elaborado com tal finalidade. Eles usam então de recursos capazes de promover uma conexão do que eles têm para apresentar com o que o público entende, gosta ou pretende ver. Tudo isso para garantir a intenção inicial.

A dublagem, por exemplo, é um dos artifícios mais em conta capazes de regionalizar um personagem, mesmo que a origem do desenho não tenha sido local. A dublagem brasileira é muito reconhecida, não apenas por ser uma das línguas mais complexas, mas também pela habilidade que eles possuem de prezar pela intenção seja de uma piada ou uma característica específica de um personagem.

Outro recurso simples e muito conhecido, que não acontece apenas com as animações, é a mudança do nome do filme. Os motivos podem ser variados como o significado das palavras em outra língua ou até pelo o que elas remetem.

Por fim, um dos recursos considerados mais trabalhosos (não para um estúdio Disney, apenas pela complexidade de uma animação), são pequenas alterações no desenho. Ela pode ser uma simples alteração como um alimento que um personagem come ou até mesmo uma mudança em um personagem.

No filme Zootopia, por exemplo, o âncora do jornal da cidade é alterado em cada país como uma homenagem aos animais típicos da região. Enquanto nos Estados Unidos, Canadá e França eles usam um alce; no Japão é um tanuki. Já na Austrália e Nova Zelândia é um coala e, na China, um panda. E como eu disse, a dublagem brasileira é tão maravilhosa que eles colocaram o jornalista Ricardo Boechat para fazê-la e o animal escolhido foi uma onça-pintada chamada Boi-Chá.

As mudanças nas animações são comuns, o que torna elas mais especiais ainda. A indústria cultural exerce o seu poder sobre nós, mas para que ela tenha força é preciso que ela penetre em diversas culturas. Sendo assim, é possível perceber o fenômeno de mesclagem do quando é colocado em detrimento de um produto, corre o risco de não ser bem aceito.

Muitas animações tiveram pequenas alterações em sua trama para que pudessem ser apropriadas e consumidas localmente. Afinal, histórias por mais bem contadas que sejam, elas são subjetivas e para serem compreendidas de maneira ampla o melhor caminho, de fato, é aceitar a cultura pré existente. Assim todos ficam felizes, ou dependendo do filme, até choram.

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