{"status":200,"response":{"result":"PUBLIC_ARTICLES_RETRIEVED","data":{"count":1,"content":[{"id":"60c4c6b10857d025f1a9c9fa","updated":"2021-06-14T22:02:24.867Z","created":"2021-06-12T14:37:36.831Z","statuses":{"approval_status":"approved","publish_status":"published","visibility_status":"public","has_pending_changes":false,"is_pinned":false,"is_paywall_disabled":false,"scheduled_date":null,"rejection_reason":null},"metadata":{"location":"home","location_slug":"blog","content_type":"post","publish_date":"2021-06-14T22:02:25.076Z","likes_count":0,"bookmarks_count":0,"comments_count":0,"score":"2021-06-14T22:02:25.076Z","sharing_title":"O exótico e o familiar no Edifício Master","sharing_description":null,"sharing_image":"https://5f1ae31a2b397e299b74e383.redesign.static-01.com/f/images/2cdba285276062e5b803d1579a99c51f7880aff6.jpg","tag_ids":["5f8c86dc81b1363685a62be9","5f8c86dc81b1363685a62bea","5fd3b52d77dab70f6a1b97f7","607b5cfb27e4860a18dec584","60c4c6b10857d025f1a9c9f9"],"author_user_id":"5f7dfc8c6d526f1de1bd7f86","moderator_user_id":"5f8ddcae6452e87432b42d25","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383","course_id":null,"course_module_id":null,"group_id":null,"version":1,"tags":[{"id":"5f8c86dc81b1363685a62be9","title":"familiar","slug":"familiar","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"},{"id":"5f8c86dc81b1363685a62bea","title":"exotico","slug":"exotico","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"},{"id":"5fd3b52d77dab70f6a1b97f7","title":"edificio master","slug":"edificio-master","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"},{"id":"607b5cfb27e4860a18dec584","title":"Copacabana","slug":"copacabana","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"},{"id":"60c4c6b10857d025f1a9c9f9","title":"diversidade","slug":"diversidade","project_id":"5f1ae31a2b397e299b74e383"}]},"content":{"title":"O exótico e o familiar no Edifício Master","slug":"o-exotico-e-o-familiar-no-edificio-master","cover_image":"https://5f1ae31a2b397e299b74e383.redesign.static-01.com/l/images/2cdba285276062e5b803d1579a99c51f7880aff6.jpg","headline":" Não sou do Rio, portanto, Copacabana não me é assim tão familiar. Mas conheço um pouco sobre a fama do bairro, o tão falado Copacabana Palace, a fama de \"princesinha","main_content":"

Não sou do Rio, portanto, Copacabana não me é assim tão familiar. Mas conheço um pouco sobre a fama do bairro, o tão falado Copacabana Palace, a fama de \"princesinha do mar\". Sempre imaginei um bairro tradicional, de apartamentos grandes e antigos, com muitos idosos e famílias tradicionais de classe média alta.

Os moradores do Edifício Master divergem bastante do tipo comum residente no bairro. São diversos em classe, gênero, idade, cor e histórias. São familiares para mim, por lembrarem sempre um parente, um primo, um amigo. Histórias muito familiares, origens muito familiares, brasileiros muito familiares. O exótico talvez seja encontrá-los ali, naquele bairro tão tradicional. Talvez seja exótico encontrar pessoas tão diversas morando em Copacabana.

No trecho exibido para este exercício, temos uma jovem professora de inglês desempregada, que viveu por muito tempo nos EUA, mora sozinha em um dos apartamentos e sofre de algum tipo de fobia social. Temos também outra jovem, aparentemente de origem humilde, que mora com a prima e cogita morar nos EUA, junto com o namorado norte-americano que diz ser muito rico. Temos também um homem, já não tão jovem, que morou nos EUA e que tenta reviver toda semana suas memórias trazidas de lá ouvindo a música \"My Way\" bem alto, música essa que diz ter cantado com Frank Sinatra em um evento, a convite dele. A história parece surreal e a emoção dele ao ouvir essa música é perceptível e tocante.

Não consegui ver todo o documentário ainda, mas me perguntei por que foi escolhido exatamente esse trecho para a análise. Foi inevitável para mim ver um padrão, não sei se por escolha do editor, de histórias de orgulho, desejo e saudade ligadas aos EUA. Não sei se por uma insatisfação de estarem morando ali, no Edifício Master, ou por uma necessidade de auto-afirmação, de dizer que são muito mais do que o estereótipo de moradores de classe média baixa em um apartamento apertado no meio de um bairro da zona sul do Rio. Talvez se sentissem indesejados ou não pertencentes àquele bairro e, por isso, a necessidade de se ligarem a outro lugar (no passado ou no futuro) e evidenciarem isso.

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