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Na última aula estudamos o consumo e sua relação com a cultura, com o apoio de Grant McCracken, e vimos que um não existe sem o outro.

Pensando em campanhas publicitárias que conseguiram fazer com sucesso a transposição do mundo culturalmente constituído para o produto anunciado eu trouxe alguns comerciais do iPod que acontecerem entre 2004 e 2008:

Após 3 anos do lançamento do iPod, a Apple começa a divulgar seu produto com essas campanhas de uma estética simples e super colorida, onde aparecem silhuetas de pessoas dançando e cantando músicas de diferentes gêneros e que faziam muito sucesso na época.

Entendo que essa campanha consegue ilustrar bem os significados e valores que a empresa desejava passar como um produto super descolado, jovem e diferente de tudo que havia disponível usando a toda a estética escolhida:

As cores vibrantes chamam a atenção e dão destaque ao aparelho e seus fones com fios brancos, únicos no mercado;
As canções escolhidas eram de diversos estilos, apresentando Rap, Rock, Pop, Dance, dizendo literalmente que o iPod e o iTunes atendem todos os gostos musicais;
As silhuetas tornavam-se um coringa para facilitar a identificação de qualquer jovem que gostasse de musica, curtindo a canção do comercial dançando e cantando;
Algumas propagandas contavam também com a presença do próprio artista, tornando-se um mini clipe que chamava as pessoas a conhecer e consumir/apoiar o artista na plataforma do iTunes.

Todos esses valores foram criados pela equipe que fez o produto e vendidos pela publicidade nessas campanhas.

Ao adquirir o produto, ou passar pelo ritual de posse, o consumidor adquire também esses valores de ser uma pessoa descolada, estar na moda, ser diferente com seus fones brancos e fazer parte do grupo da Apple que tem acesso ao iTunes, mas ele também tem o poder de alterar alguns desses significados como decidir não usar o fone branco na rua para não chamar atenção, como foi citado no exemplo em aula.

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