Há pouco tempo assisti a um react do famoso Casimiro de uma viagem feita pelo canal “Carioca no Mundo”.
O episódio era sobre um fim de semana no Hotel Tangará. Localizado em São Paulo, em meio ao Parque Burle Marx, o espaço tem história, arquitetura e o que mais encantou o comunicador: serviço.
Logo no início, no caminho até o hotel, o viajante recebe um tablet em que passa um vídeo onde são narradas por um funcionário todas as possibilidades do Hotel Tangará e sua história.
Assim que a viagem termina, o mesmo funcionário do vídeo é quem o aguarda na entrada do hotel.
Aquilo fez o react ir para um outro nível. Perguntas sobre como aquilo era possível eram ouvidas com um tom de encantamento. Dali para frente já não se sabia o que era parte da cenografia de um vídeo institucional e o que era real.
A impressão que tive foi a de que mesmo que algum deslize acontecesse ou algo saíssse do controle, o encantamento e narrativa foram tão pesadamente postas que esses problemas não seriam vistos pelo streamer.
Assim como dito por Bruno Latour, não é só em comunidades "primitivas" que o encantamento e a ação de objetos acontece. Também no ocidente moderno e no nosso dia a dia convivemos com objetos ou construções como a de um Hotel que podem exercer um poder sobre nós como a de um amuleto ou ritual mágico.
Uma marca que alcança esse patamar não precisa entrar em negociação com seus clientes sobre preço ou quantidade por que a magia é algo inestimável em uma relação comercial.